Três das principais instalações nucleares do Irã — Fordow, Natanz e Isfahan — foram severamente atingidas por ataques aéreos dos Estados Unidos, segundo confirmou neste domingo (22) o general Dan Caine, chefe do Estado-Maior Conjunto norte-americano. Os danos, de acordo com Caine, são “extremamente graves”, e ainda é cedo para medir completamente a destruição provocada. As ações militares agravam o já delicado cenário no Oriente Médio e colocam o mundo em alerta para possíveis desdobramentos geopolíticos mais intensos.
Durante a mesma coletiva, o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, afirmou que os bombardeios “não são parte de uma mudança de regime”, mas uma resposta às ameaças atribuídas ao programa nuclear iraniano. Ainda assim, a ofensiva foi recebida com indignação por Teerã. A Guarda Revolucionária do Irã declarou que os EUA “devem esperar uma resposta” e apontou especificamente para as bases militares americanas na região.
O ataque, segundo o ex-presidente Donald Trump, foi “muito bem-sucedido”, atingindo inclusive a unidade subterrânea de Fordow, considerada uma das mais protegidas do programa nuclear iraniano. O governo americano, no entanto, não apresentou provas diretas do impacto exato causado pelas bombas.
Israel confirmou que participou da ofensiva em “total coordenação” com os EUA. De acordo com o porta-voz militar Effie Defrin, o país “seguirá com as operações até que seus objetivos sejam alcançados”. No mesmo dia, mísseis iranianos atingiram prédios em Israel, numa escalada que já chega ao décimo dia de trocas de fogo entre os dois países.
O chanceler iraniano, Abbas Araghchi, condenou duramente os ataques, acusando os Estados Unidos de sabotar os esforços diplomáticos e garantindo que “todas as opções estão na mesa” para reagir em legítima defesa.
O mundo observa com apreensão enquanto duas potências regionais trocam ataques, e a sombra de um novo conflito de proporções imprevisíveis paira sobre o Oriente Médio.
📌 Fonte: The Washington Post.