Andrónico Rodríguez, candidato à presidência da Bolívia, não tem poupado críticas ao atual mandatário, o presidente Luis Arce, pela crise que o país vem passando nos últimos tempos. Nas redes sociais, Andrónico tem afirmado que a Bolívia sofre uma instabilidade causada pelo mau-funcionamento da gestão pública. Além disso, ele explicou, sem mencionar os nomes de Arce e Evo Morales, que rachas entre políticos não podem interferir no andamento do governo, fazendo com que os bolivianos se tornem reféns do que ele classificou como interesses políticos mesquinhos. “A principal causa da atual crise na Bolívia é a incapacidade do governo de garantir o abastecimento de combustível e alimentos”, disse.
Ainda segundo o candidato do Movimento ao Socialismo (MAS), os bolivianos vivem uma crise marcada pela falta de combustíveis, pelos altos e constantes preços dos produtos da cesta básica, o que torna as manifestações constantes. Porém, Andrónico afirma que isso não é a solução. Com a desistência de Arce e a inabilitação de Evo Morales, Andrónico, presidente do Senado e líder cocalero, cresceu nas pesquisas, mantendo-se agora como o nome mais forte para unificar a esquerda e concorrer ao pleito que acontece em agosto. “A população está cansada de viver em conflito permanente: sem gasolina, com aumentos constantes nos preços dos produtos de base e sem poder circular livremente. A solução não é a violência entre compatriotas, muito menos a repressão policial, mas o diálogo.”, declara.
Para Rodriguez, o começo da resolução passa, primeiramente, por uma urgente reunião entre as três forças políticas da Assembleia Legislativa. “Com o objetivo de tratar dos créditos que garantam o uso exclusivo de dólares para a compra de diesel e gasolina; de regulamentações que permitam a estabilização dos preços dos alimentos, o diferimento de créditos e a pausa no imposto para pequenos contribuintes. Por isso, convoco o presidente da Assembleia Legislativa a encontrar uma solução que o Executivo não conseguiu dar”, pontua.
Por fim, Andrónico Rodriguez acredita que “a prioridade de todo político deve ser trazer soluções para o povo, não conflitos; promover a unidade e não a divisão. O sofrimento do povo não pode ser usado como ferramenta para alcançar objetivos pessoais”, finaliza.