Na última quinta-feira (08), o programa Em Cima da Hora foi palco de um debate essencial sobre a presença feminina na política de Rondônia. Sob o comando da jornalista Renata Camurça, a entrevistada Agna Souza—professora do Instituto Federal de Rondônia (IFRO) e pesquisadora extensionista—relembrou sua trajetória como candidata à prefeitura de Ariquemes e destacou a importância do contato direto com a população. Para ela, a política precisa de mulheres com coragem e escuta ativa.
A entrevista trouxe reflexões profundas sobre os desafios, as conquistas e a urgência de amplificar a voz das mulheres no cenário político.
A conversa entre Renata e Agna girou em torno da necessidade de incentivar mais mulheres a ingressarem na política. Com momentos de reflexão e relatos pessoais, elas expuseram a realidade enfrentada por aquelas que ousam disputar espaço no cenário político. “Se não estivermos lá, nossas demandas continuam invisíveis”, enfatizou Agna, reforçando que representatividade não pode ser apenas uma promessa, mas uma realidade concreta.
Com sensibilidade, Renata conduziu a entrevista por pontos cruciais, como as barreiras culturais que dificultam a candidatura feminina e a necessidade urgente de combater a violência política de gênero, que atinge mulheres ao ingressarem na vida pública.
Durante a conversa, foi discutida a obrigatoriedade de destinar 30% do fundo partidário às candidaturas femininas. O debate levantou um questionamento fundamental: será que apenas essa garantia percentual basta para fortalecer a participação das mulheres na política? Agna, por sua vez, apresentou propostas ousadas e necessárias, defendendo não apenas a reserva de 30% das candidaturas femininas, mas também a garantia de que 30% das vagas sejam ocupadas por mulheres eleitas, assegurando influência real nos espaços de decisão.
Um dos momentos mais marcantes da entrevista aconteceu quando Renata trouxe à tona o tema do voto feminino: afinal, o que pesa mais na hora da escolha? O gênero, propostas, carisma ou confiabilidade? O diálogo foi intenso e inspirador, especialmente quando Agna lançou um chamado direto às mulheres que desejam transformar a sociedade: “A mudança começa quando nos vemos como aliadas. Unidas, podemos romper barreiras e construir um futuro mais justo e igualitário.”
No Em Cima da Hora, Renata reafirma seu compromisso com debates relevantes, trazendo à tona questões que impactam diretamente o cotidiano e a cidadania. Mais do que números e cotas, a participação feminina na política é um movimento urgente de transformação, essencial para a criação de políticas públicas que melhorem a condição das mulheres.
Ao final da conversa, Agna deixou uma mensagem de encorajamento para as mulheres que desejam se candidatar: o futuro da política depende da coragem de cada mulher que decide não apenas participar, mas transformar. Afinal, quando uma mulher avança, toda a sociedade avança com ela.
Para quem perdeu a transmissão ao vivo da entrevista, a íntegra está disponível online.