O zurzir do tratamento malevolente contra as populações originárias e tradicionais da Amazônia brasileira, continua surtindo efeitos tácitos e truculentos que visivelmente viola os seus imaculados valores constitucionais do Estado democrático de direito. Essa vulnerabilidade social demonstra claramente a ausência de políticas públicas efetivas que verdadeiramente cumpram com o que reza a legitimidade dos direitos humanos expostos no bojo da nossa carta magna.
A morosidade tecnocrata estatal parece suprimir a eficácia de um planejamento justo, ético e inclusivo, que realmente avance no sentido de atender aos interesses legais dessas minorias étnico-raciais marginalizadas do nosso país. A voz suplicante dessas coletividades ecoa sentenciada à subserviência de um poder público que comunga com os caprichos capciosos de uma sociedade envolvente reacionária e espoliadora das riquezas naturais dessas populações que afeta diretamente a biodiversidade, a sustentabilidade e a qualidade de vida de suas comunidades.
O espírito pugnaz da prevaricação acelera nocivamente o tratamento desumano de postergação aos direitos humanos dos povos da floresta. É a catástrofe de um território plangente que morre cotidianamente diante da insolência perniciosa que elimina a axiologia sócio-linguístico-cultural de uma herança ancestro-cosmogônica de uma exuberância cósmica milenar. É um território visivelmente condenado ao malogro e a obliteração de um bem viver injustiçado pelo ápice da desonra pública.
Da liberdade ao patíbulo, o espaço vivido ancestral ruiu ao opróbrio como produto da mendacidade e da linguagem persuasiva do ódio. O terror da mendicância é uma vergonhosa chicoteada pública que desterra um coletivo da mata para uma hostil segregação socioespacial urbana, onde a vida é futilmente proibida de ser vivida. Nesse sentido, a flagelação se entrelaça a falácia para promover o advento exacerbado da exclusão social vigente.
Extirpados do lugar original pela violência da execração humana, as coletividades da mata em agonia, perderam o brilho do entusiasmo e da vivacidade, e foram ardilosamente exauridos pelo escárnio esdrúxulo da empáfia, do preconceito e da intolerância danosa e discrepante. O bem viver foi enclausurado no féretro da terra, enquanto os ancestrais modos de vida, caíram definitivamente na invisibilidade estereotipada da vida.