A fala da atual secretária de Educação de Goiás e ex-titular da Secretaria de Educação de Rondônia (Seduc), no governo Confúcio Moura, Fátima Gaviole, gerou polêmica e afetou a sua gestão, que até então seguia sem grandes repercussões. Após uma live com servidores que a pressionavam por aumento salarial, Gaviole perdeu o controle.
Durante o encontro virtual realizado no dia 24 deste mês, um servidor questionou o salário pago na gestão do governo Ronaldo Caiado, enfatizando que o problema não era apenas a falta de aumento, mas a situação de quase passar fome. A afirmação foi o suficiente para que Gaviole reagisse com palavras semelhantes às usadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Diante da audiência com milhares de servidores, ela declarou: “Aí tem que deixar o serviço. Está passando fome? Tem que achar um trabalho que ganhe mais, porque na educação você já entrou sabendo quanto seria seu salário.”
Gaviole não parou com as respostas ríspidas. Quando outro servidor destacou a necessidade de tempo para acompanhar os filhos em consultas médicas, ela respondeu: “Não é obrigado a trabalhar, não.”
Em outro momento, Gaviole continuou os ataques: “Se você for contratado e acha que tem que ter emprego que te libera para ir ao médico, você precisa sair, porque a lei é federal”, afirmou. A secretária ainda interrompeu a resposta para se dirigir a alguém que estava na sala com ela, afirmando: “Não adianta mandar eu parar, vou terminar.”
A ex-coordenadora Regional de Educação de Cacoal, Fátima Gaviole, ocupou o cargo de Secretária de Estado da Educação (Seduc) em Rondônia em 2014, na gestão do governo Confúcio Moura (MDB). Após três anos no cargo, ela foi exonerada, já na gestão do ex-governador Daniel Pereira. Fátima sempre se posicionou contra a abertura de escolas militares.