Na tarde de quinta-feira, 22 de agosto, um apagão deixou todo o estado do Acre e parte de Rondônia sem energia elétrica. De acordo com a Energisa, a interrupção foi provocada por um evento externo no Sistema Interligado Nacional (SIN), que comprometeu o fornecimento de energia para ambos os estados.
O apagão começou por volta das 15h50 e teve um impacto significativo, afetando aproximadamente 980 megawatts em Rondônia e Acre. A recomposição do sistema teve início às 17h10, com a energização do sistema de interligação em 230 kV entre as subestações de Pimenta Bueno e Ji-Paraná, em Rondônia. A recuperação foi feita em etapas e totalizada às 20h40, conforme o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Em Porto Velho, Rondônia cerca de 500 mil pessoas ficaram sem energia elétrica, e o fornecimento começou a ser restabelecido por volta das 18h, com a energia totalmente reativada às 20h12. Em Rondolândia, Mato Grosso, o apagão também foi registrado devido a um esquema regional de alívio de carga. A falta de energia também provocou instabilidade nos serviços de internet e telefonia em algumas regiões.
A queda de energia gerou diversos problemas na capital acreana, Rio Branco. O trânsito enfrentou sérios congestionamentos, embora a presença de semáforos inteligentes com autonomia de até oito horas tenha ajudado a mitigar o caos. O funcionamento desses semáforos foi crucial para evitar acidentes e melhorar o fluxo de veículos durante o apagão.
Durante o incidente, duas servidoras da Prefeitura de Rio Branco ficaram presas em um elevador no prédio da prefeitura. O Corpo de Bombeiros foi acionado e conseguiu resgatar as funcionárias em segurança após 40 minutos. O apagão também afetou a Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre) e diversas escolas da capital, que liberaram os alunos devido ao calor.
O Ministério de Minas e Energia (MME) abriu uma sala de situação para monitorar a recomposição do sistema elétrico, com a participação do ONS, da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e do corpo técnico do ministério. As causas exatas do apagão ainda estavam sendo investigadas pelo ONS.
Em nota, a Energisa afirmou que o apagão foi causado por um problema externo no SIN e confirmou que o serviço foi restaurado em sua totalidade. A empresa operava também em São Paulo, Paraíba, Sergipe, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro, sem relatos de interrupções nessas regiões.
As equipes de emergência continuaram a trabalhar para garantir que todos os serviços fossem normalizados o mais rapidamente possível. A causa do apagão permanece sob investigação, e um relatório detalhado será emitido pelo ONS posteriormente.