O Acre vem enfrentando chuvas abaixo da média e um prognóstico de seca extrema em função do prolongamento dos efeitos do El Niño. A capital do Acre, Rio Branco, decretou “Situação de Emergência” devido a forte estiagem. O documento foi assinado pelo prefeito Tião Bocalom (PL) que justificou o baixo nível do Rio Acre, principal manancial que abastece a capital do estado vizinho.
O baixo nível tem causado impactos negativos na vida da população rio-branquense, sobretudo no tocante ao abastecimento de água potável. Ao menos 73 comunidades descreveram situação de anormalidade.
De acordo com a Defesa Civil municipal, nesta manhã de segunda-feira (01) o manancial estava com seu nível em 1,77 metros, muito abaixo da média prevista para o período. O rio está a 52 centímetros de igualar a menor cota da história.
No mês passado, em junho, a Defesa Civil informou que choveu apenas três dias em Rio Branco (21, 26 e 30). Tais chuvas são consideradas irregulares. Para o mês aguardava-se 62 mm de chuva e foram contabilizados 21mm.
Com a assinatura do decreto da prefeitura, a Defesa Civil municipal pode requisitar apoio técnico e logístico da administração pública de Rio Branco, com objetivo de prevenir, prestar assistência e socorro às comunidades que precisarem.
Numa coletiva à imprensa, o prefeito anunciou a abertura oficial da “Operação Estiagem”, que objetiva amenizar os efeitos da seca extrema nas comunidades rurais. Diariamente são distribuídos mais de 200 mil litros de água entre as 32 comunidades assistidas pela a ação.