Às margens da Br-319, passageiros já do lado de fora do ônibus relatam o momento de tensão que viveram. “Ele colocou mais para o lado. Nisso, o ônibus acabou atolando. Quase virou”, diz uma passageira.
Ainda de acordo com o relato, chovia durante o incidente. Segundo a mulher, os carros começaram a deslizar em contato com o barro molhado. O que aumentou o risco para as pessoas que estavam as margens da pista. “Ao redor da pista, ambos lados têm vala e água dentro delas. É muito arriscado, inclusive para as pessoas que acabam sendo forçadas a ter que sair dos veículos quando ocorre esse tipo de situação. A estrada está horrível.”, descreve.
A passageira, também relata que o motorista tentou levar o ônibus de volta para a pista, mas as rodas escorregavam jogando o veículo sempre para o acostamento, justamente no local em que as valas são mais profundas. “Ele foi tentar tirar e cada vez que acelerava o ônibus soterrava mais”, disse.
Nas cenas, capitadas pela passageira, a traseira do veículo que pertence a holding Eucatur ficou rente ao precipício. Todos foram alertados e de imediato tiveram que abandonar o ônibus. O risco era de tombar. “Inclusive, onde o ônibus estava tem um igarapé. Por pouco não caímos”, declara.
Um caminhão tentou ajudar a rebocar o ônibus, mas infelizmente não conseguiu. Foram várias tentativas de puxá-lo. Enquanto isso, a alternativa para os passageiros foi aguardar na chuva, inclusive crianças bebês de colo.
Duas horas após o incidente é que o ônibus foi retirado. Para isso, uma retroescavadeira precisou ser levada para o local. Durante a tentativa, o ônibus voltou a encavalar e desta vez quase tombou de verdade. Algumas tentativas depois, o carro da empresa Eucatur foi retirado e os passageiros que seguiam de Porto Velho (RO) embarcados. A reportagem conversou com a passageira, que disse que todos chegaram bem no destino que era a cidade de Manaus.
Apesar dos transtornos, a Br-319 estar no processo de avaliação para asfaltamento pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O pavimento da pista que liga Porto Velho a Manaus depende de estudos de impacto ambientais.
