O Instituto do Homem e do Meio Ambiente (Imazon) divulgou novos dados acerca do desmatamento na Amazônia brasileira. Os índices remetam aos territórios indígenas e unidade de conservação ambiental. Em comparação com 2022, onde o país era administrado por Jair Bolsonaro, apontado como o mais letal dos chefes de estado, na história do pulmão do mundo, o desmate, caiu cerca de 73%.
O número é quatro vezes inferior que no ano anterior. O registro de 386 km² em 2023 é o menor desde 2013 quando o órgão comprovou um desmatamento de 178 km². O número comporta todas as terras indígenas e unidades de conservação. Mas nem todas trazem bons exemplos.
A Terra Indígena Igarapé Lage em Rondônia, o desmatamento, segundo o Instituto atingiu o percentual de 300%. O crime saltou de 2 km² para 8km². A devastação fez sumir do mapa uma área equivalente a 800 campos de futebol. Para o Imazon, a invasão de grileiros e madeireiros, foi responsável por colocar o estado em terceiro no podium dos mais devastados da Amazônia Legal em 2023.
Ainda no ano passado, A TI foi palco de invasão, inclusive com denúncia da ativista, Txai Suruí. Os crimes ocorriam na Linha-24, dentro do território, localizando no município de Nova Mamoré. No local, próximo da aldeia do Povo Wari, homens armados intimidavam os indígenas para perpetuar os crimes ambientais.
O desmatamento estaria ligado nas falas do ex-presidente Bolsonaro que soaram como incentivo para os ‘piratas de terras da União’. Em Rondônia, o governo estadual criou leis em conjunto com a Assembleia Legislativa (ALE-RO) incentivando o fim de dez reservas estaduais de conservação ambiental.
O processo só não foi levado adiante pela interferência do Tribunal de Justiça (TJ-RO) que acolheu as denúncias do Ministério Público Estadual (MP-RO), “declarando a inconstitucionalidade dos atos do governo”, pontua a coordenadora da Associação Etnoambiental – Kanindé, Ivaneide Cardozo.