O polêmico Projeto de Lei, aprovado no ano passado por deputados federais, da base ruralista, contribuiu para aumentar a tensão em torno da possível reconstrução da rodovia Porto Velho-Manaus. Aprovado pela ampla maioria dos parlamentares na Câmara, o PL autoriza em uma das cláusulas, que o Governo Federal “desvie” o dinheiro do Fundo Amazônia para auxiliar na reconstrução. Só que a ousadia, não soou bem entre os seus financiadores.
Estados Unidos e o maior deles, a Alemanha bateram o pé contra a decisão. Os países, já emitiram repúdio declarando que o desvio do dinheiro para outros fins não é permitido. Representantes da Alemanha, disseram ser impossível, tendo em vista que os órgãos financiadores, rechaçam o desvio da verba para fins que não sejam o de preservação da Floresta Amazônica. “As regras são claras e proíbem qualquer tipo de desvio que não o de preservar o bioma”, disse uma fonte ao site.
Vetor de desmatamento, a Br-319 vem sendo objeto de estudo pelo Governo Federal. A possibilidade aponta a recuperação. O problema é o desmatamento que já se mostra preocupante antes do início dos trabalhos. O epicentro fica no sul do Amazonas e na região conhecida por AMACRO. Existe, segundo levantamento uma espécie de lobby em torno do governo federal para liberar a reconstrução. Esse grupo é liderado por políticos e empresários e fazendeiros, inclusive com a participação do próprio governador amazonense.
Construída no final da década de 70, a rodovia nunca chegou a ser usada de maneira que fomentasse a economia amazonense. A sua destruição foi um passo. Denúncias indicam que donos de balsas do Amazonas, teriam atuado na época para destruir parte do asfalto, somando para tornar a pista intrafegável. Décadas mais tarde, o cenário ainda não é o de força econômica para o estado vizinho e muito menos indicativo que vai tirar o Amazonas do isolamento, tendo em vista que o estado usa o Oceano Atlantico e os seus rios como hidrovia. Ainda assim, um Looby foi construído para pressionar a recuperação.
Sobre o Fundo Amazônia
O Fundo Amazônia tem por finalidade captar doações para investimentos não reembolsáveis em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, e de promoção da conservação e do uso sustentável da Amazônia Legal. Também apoia o desenvolvimento de sistemas de monitoramento e controle do desmatamento no restante do Brasil e em outros países tropicais.
