Juízes do Tribunal Constitucional Plurinacional da Bolívia, decidiram pôr fim, na Lei que dava plenos poderes ao presidente da República no caso de uma terceira reeleição e/ou consequentemente, ficar no poder indeterminadamente.

A proposta que partiu do ex-presidente Evo Morales acabou voltando contra ele. Com a decisão, Morales acaba impedido de concorrer às eleições de 2025. De acordo a decisão, “a restrição à possibilidade de reeleição indefinida é uma medida idônea para assegurar que uma pessoa não se perpetue no poder”, pontua o tribunal.
A corte defendeu que presidente e vice não podem mais concorrer aos cargos indefinidamente. A Bolívia que funciona com sistema democrático, declarou por meio dos ministros da Corte, que o cargo de presidente e vice só poderão ser estendidos para apenas 2 mandatos, como ocorre no Brasil. Em 2017, juízes da Suprema Corte pensavam diferente. Morales, conseguiu chegar ao terceiro mandato passando por cima da lei, o que para os estudiosos foi uma violação na Constituição do país.
Evo Morales criticou a decisão afirmando que se trata de uma perseguição dos ministros e do atual presidente, Luís Arce, inclusive disse que corre risco fisicamente. Aymar, foi o presidente com maior tempo no poder estando de 2006 a 2019 quando renunciou após um processo turbulento na política boliviana.
“Nenhum companheiro disse que Lucho está saindo. Nosso pedido: ouça o seu conselho de El Alto e melhore o seu gabinete para parar de proteger o tráfico de drogas e a corrupção. Que ele melhore e termine o mandato em 2025”, disse.