Na semana passada, o vice-presidente do Brasil Geraldo Alkimin esteve no Amazonas. Acompanhado por uma comitiva, inclusive a ministra de Estado do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil Marina Silva. Alkimin veio ver de perto os efeitos de uma das maiores estiagens já registrada na Região Norte. Na ocasião, o vice-presidente destinou recursos para o atendimento das vítimas da seca, em especial os ribeirinhos que começam a sofrer com as consequências.
O Governo Federal, também liberou dinheiro para a dragagem dos rios mais impactados pela seca. Para o Rio Madeira e o Solimões, a União respondeu com R$ 140 milhões. A verba, segue para a contratação de empresas. Na Região Norte, a emergência climática tem afetado diretamente as principais bacias e afluentes. Nesta parte do país, as correntes d´água, funcionam como um importante modal hidroviário.
Estudo, divulgado pelo Governo Federal, estima que 500 mil pessoas sofram por conta da seca dos rios em Rondônia, Acre e Amazonas. A situação vivida hoje na Amazônia tem por trás alguns fatores. Cientistas, aponta o cenário como resultado dos [crimes ambientais na Floresta Amazônica], associado ao fenômeno El Niño. O evento deverá se estender até o início de 2024, o que pode prolongar o problema.
A velocidade com que os rios estão secando na Amazônia, tem agravado em cheio a navegação. A –Agência Nacional de Águas [ANA], declarou situação crítica de escassez quantitativa dos recursos hídricos no Rio Madeira, em Rondônia e no Amazonas. Assinada por diversos estudiosos, a medida se estende até o dia, 30 de novembro.
No Amazonas, assim como em Rondônia, a estiagem começa a afetar o transporte de cargas por meio fluvial. O representante da Associação Brasileira dos Armadores de Cabotagem [ABAC], disse ao site A Crítica que mais três navios podem deixar de seguir para o Amazonas com mercadorias. Dois destes navios já tinham desistido. O risco é que fiquem no meio do caminho encalhados nos bancos de areia.
Ainda, segundo o diretor-executivo da ABAC, o desabastecimento do comércio amazonense está com os dias contados. Caso os rios não encham até lá, o acionamento da Força Aérea Brasileira vem sendo cogitado para realizar o transporte de mercadorias para o Amazonas. “Os navios transportam de tudo, arroz, feijão. É difícil dizer até o que pode faltar”, informa.
No Rio Madeira, os trechos prejudicados foram mapeados entre a Enseada, e Tabocal, na divisa de Manaus com o município de Itacoatiara. No Solimões, o trecho crítico fica entre Tabatinga e Benjamin Constant. Os pontos foram incluídos no processo de recuperação pelo Governo Federal. As obras para a retirada de sedimentos devem começar dentro de duas semanas.