Horas antes dos comitês pró-ponte binacional Guajará-Guayará, decidirem suspender as manifestações e definir uma assembleia, nesta terça-feira [3], na cidade de Guayaramerin, o vice-ministro de Comércio Exterior e Integração da Bolívia, Benjamín Blanco, dava a informação da assinatura de ‘ordem de serviço’ para a construção do megaempreendimento internacional.
Documento, enviado por gestores, ligados ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva [PT], prevê dentro de 30 dias, o firmamento da ordem de serviço entre as duas nações. A ponte irá interligar por uma extensão de 1,2 metros, as cidades de Guajará-Mirim [RO] e Guayaramerin [Beni] sobre o rio Mamoré. “Já não existem dúvidas que a construção se realizará e a licitação em até 30 dias, como confirmou um comunicado enviado para a Bolívia pelo governo brasileiro”, explicou o representante boliviano.
O projeto básico foi integrado no Plano de Aceleração do Crescimento [PAC], aprovado em 2015, no então governo da presidente Dilma Rousseff. Além disso, o financiamento será do governo brasileiro. Algo em torno de R$ 244 milhões.
No final do mês passado, um grupo de engenheiros, dentre eles, o ministro dos Transportes da Bolívia, decidiu pela suspensão temporária do projeto binacional. A comissão, alegou para a necessidade de ‘ajustes técnicos’. A decisão, bastou para que a população do departamento [estado] do Beni, vizinho a Rondônia, saísse as ruas, exigindo que as tais medidas ao Brasil fossem canceladas. Em Trinidad, capital e Guayaramerin, cidade portuária, as manifestações chegaram a fechar comércios e a fronteira com o Brasil.