A operação, denominada Mapinguari, na manhã desta segunda-feira (14) faz parte de uma ação conjunta. Nela, integraram cerca de 300 servidores de dez órgãos públicos. O foco concentrou na retirada de invasores que resistiam em deixar a chamada ‘Zona de Amortecimento’ no Parque Estadual Guajará-Mirim, uma das maiores unidades de Conservação Ambiental de Rondônia ameaçada pela grilagem de terras públicas.

A investigação atribui aos invasores diversos crimes ambientais, inclusive a manutenção de organismos criminosos armados. Por diversas vezes, homens da Polícia Militar Ambiental foram recebidos à tiros durante os serviços de vigilância. A 1ª Ação Civil Pública de reintegração de posse concedida a favor do Ministério Público Estadual foi concedida em abril. No dia 08 deste mês, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve o parecer.

Ainda este ano, o MP-RO já havia ganhado a Ação Civil Pública concedendo ordem para a retirada das pessoas, mas “dois dias antes da data, a liminar foi cassada”. A desocupação do Parque Estadual Guajará-Mirim ganhou força, também após uma resolução do Supremo Tribunal Federal (STF) que apontou a “grilagem” no arcabouço como “invasões recentes e área especial de preservação”.
Em dezembro de 2021, membros do Conselho do Parque, assinaram um documento em que denunciavam as invasões de grileiros na área de conservação ambiental, inclusive ataques sofridos pelos servidores durante os trabalhos.
O PEGM
Com 216,6 mil hectares, o Parque Estadual de Guajará-Mirim (PEGM) está localizado no centro-oeste do estado. A Unidade de Conservação abrange a bacia hidrográfica do Rio Jaci Paraná entre Nova Mamoré e Guajará-Mirim. É também parte do Corredor Ecológico Guaporé/Itenez-Mamoré que subdivide outros dois gigantescos parques o Uru-Eu-Wau-Wau e Nacional Pacaás Novos.