Técnicos da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia – Idaron participaram de treinamento promovido pelo Centro Pan-Americano de Febre Aftosa, sobre simulações de epidemias de febre aftosa e implementação das ações de controle. A atividade, realizada no Rio de Janeiro, aconteceu de 29 de maio a 2 de junho e contou com participação de representantes da Argentina, Bolívia, Equador, Paraguai, Uruguai e dos estados de Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Para o governador do Estado, Marcos Rocha “é importância que os serviços veterinários oficiais conheçam essas ferramentas para melhorar a assistência dada aos pecuaristas. A preparação para uma resposta às emergências de febre aftosa é fundamental. Todos os países devem ter uma capacidade eficiente contra possíveis introduções do vírus e adaptar os seus planos de contingência para incluir os diferentes cenários de controle”, avaliou.
O treinamento, ministrado por especialistas da Universidade Estadual da Carolina do Norte, mostrou o quanto é importante os países e suas unidades federativas terem um plano prévio de enfrentamento da febre aftosa, caso surja algum foco da enfermidade. A equipe de Rondônia, formada pelo coordenador técnico, Walter Cartaxo; pelo Coordenador do Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa, Márcio Alex Petró; e pela médica veterinária, Bethania Silva Santos, participou utilizando dados das propriedades do Estado, visando a simulação de dispersão da doença, com cenários próximos da realidade, criando dessa forma, um ambiente com modelos que possam ajudar nas estratégias de controle em caso de ocorrências.
Márcio Alex Petró salientou o tema abordado no evento. “Durante cinco dias, o Panaftosa apresentou modelos matemáticos usados para simular a propagação e controle de doenças em animais de produção como bovinos, suínos e pequenos ruminantes. Os participantes aprenderam como usar essas referências para tomar decisões antes, durante e depois de uma emergência de saúde animal”, afirmou.
O treinamento foi baseado no uso da ferramenta computacional R-estúdio, que possibilita a simulação de focos reais de febre aftosa pela utilização de dados cadastrais de rebanho e da movimentação animal que a Idaron dispõe, sendo possível prever as medidas de controle a serem implementadas, assim como os custos do saneamento.
A participação de Rondônia, de acordo com Walter Cartaxo, foi um dos destaques do evento, visto que a Idaron foi uma das poucas Agências de Defesa Sanitária do Brasil que teve integrantes envolvidos na atividade. “Foi um treinamento muito proveitoso. Além das simulações, foram retratados temas pertinentes ao controle da febre aftosa, como a importância do banco de antígenos – Banvaco, que está se fortalecendo, cuja disponibilidade de vacina torna-se essencial em ocorrências emergenciais da doença para evitar a propagação do vírus”, salientou.
O presidente da Idaron, Julio Cesar Rocha Peres enfatizou quanto à relevância dos assuntos tratados. “Cinco países enviaram técnicos ao treinamento, demonstrando a importância do evento. Nossa equipe pode trocar ideias e conhecer o que é feito sobre o mesmo assunto na Argentina, Paraguai e Equador, por exemplo, oportunidade que possibilita a universalização das ações de vigilância sanitárias relacionadas à febre aftosa e proteção do rebanho do Estado”, destacou.
PANAFTOSA
Criado em 27 de agosto de 1951, o Panaftosa surgiu a partir de um acordo entre a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), a Organização dos Estados Americanos (OEA) e o Governo do Brasil para apoiar os países no combate à febre aftosa, doença animal endêmica, nesse momento, em todo o território da América do Sul.
