O Rio Negro avança com o passar dos dias. As horas são uma contagem regressiva. Na outra parte de drama, estão moradores de áreas que mais sofrem com os impactos pela subida do rio. É o caso da dona de casa Maria Doracilda, de 55 anos.
Ela divide a casa com as três filhas e o pai de 80 anos. Da idade desde os 5 anos vive no bairro Presidente Vargas. O pesadelo que ela viveu há 9 anos está chegando na porta dela.
“Em 2012 alagou tudo, mas não fui tão prejudicada como estou sendo agora. Nesta casa, a água já tomou conta de todo o chão. Meu pai é idoso e já tem mais condições de ficar aqui”, relata.
Para não perder a conquista de muita luta, os moradores improvisam. Alteiam o assolhado das casas, constroem pontes de madeira e suspendem os moveis.
O problema é que 30 dias antes da cidade ser atingida pelo maior pico da enchente, previsto para junho tudo já está se deteriorando com a presença da água.