Os números da Covid-19 em Rondônia são assustadores e com eles acompanham uma dura e cruel realidade, as mortes por falta de leitos de Unidades de Terapia Intensivas (UTI’s). “Recebo a informação de que 80 pessoas morreram aguardando na fila”, afirma a promotora de justiça, Emilia Oiye.
A declaração foi feita nasexta-feira (19), pelo Ministério Público Estadual, durante a 2ª reunião em que o órgão por meio de uma Ação Civil Pública (ACP), cobra do governo estadual e da prefeitura de Porto Velho, ações, a fim de frear os registros de contaminação do novo coronavírus e das mortes pela Covid-19.
Na semana passada, 176 pessoas aguardavam por um leito de UTI. O secretário de Estado da Saúde (Sesau), Fernando Máximo chegou a publicar um vídeo em que declarava a situação no Estado como extremamente preocupante. “Batemos todos os recordes. Os números só crescem, só aumentam. As pessoas estão se contaminando muito”.
Há 59 anos dias não surgem leitos de UTI nos hospitais públicos do Estado. A escassez também afeta a rede particular. Em Porto Velho, três dos maiores hospitais privados comunicaram que não possuem vagas. Alguns atendem somente os serviços que não demandam internações. As secretarias de saúde de Ji-Paraná, Vilhena e Ariquemes anunciaram colapso pela falta de leitos nos hospitais municipais. As unidades estão com 100% dos leitos lotados.
Na madrugada de sábado (20), chegaram a Manaus 15 pacientes de Rondônia para dar continuidade ao tratamento contra a Covid-19.
Todos eles foram levados para o Hospital e Pronto Socorro Delphina Aziz, referência no tratamento da Covid-19. O Estado passou a receber pacientes de Rondônia e do Acre, depois da crise hospitalar que enfrenta as federações, com 100% dos leitos de UTI com a capacidade esgotada.