A exatos 12 dias da eleição de 7 de outubro, todos os candidatos aceleram suas campanhas, correndo atrás do eleitor. Para o Governo, os dois finalistas sairão entre Expedito Júnior, Maurão de Carvalho e Acir Gurgacz, não necessariamente nessa ordem. Acir ainda depende de uma decisão do STF para concorrer, mas o otimismo domina sua coligação de que o assunto será encerrado nesta quinta, quando sai a palavra final sobre o caso. Expedito e Maurão ampliam suas campanhas, levando-a a todos os recantos do Estado, assim como Acir tem feito. Já em relação à corrida pelas duas cadeiras ao Senado torna-se cada vez mais sensacional. Ao que tudo indica, Confúcio Moura já está lá, a menos que haja grande reviravolta. A segunda vaga sim, está ainda muito longe de ser decidida. Por enquanto, as últimas pesquisas apontam que ela seria de Valdir Raupp, se a eleição fosse hoje. Mas, não é. Com a saída e Fátima Cleide, (ao menos até agora ela não conseguiu reverter o indeferimento da sua chapa) Marcos Rogério e Carlos Magno já colaram nela e estão crescendo. Jesualdo Pires vem muito perto. Ou seja, até Jesualdo, tirando Fátima, ainda há três perseguidores perigosos para Raupp. Marcos Rogério vem de um bom mandato como deputado federal; Carlos Magno tem o aval de Ivo Cassol, que percorre o estado pedindo voto para ele e Jesualdo Pires tem o aparato do PSB e a história de ter sido um prefeito9 diferenciado em Ji-Paraná. O que pode acontecer de positivo para Raupp é os três representantes da região central tirarem votos um do outro, beneficiando então o emedebista. Mas que a disputa está voto a voto, está sim!
NENHUMA CARA NOVA NA CÂMARA
Para a Câmara Federal, a tendência, como em todo o país, é a reeleição de muitos parlamentares. São mais conhecidos, têm mais espaço na mídia e mais recursos financeiros; tem a fatia maior do Fundo Partidário e ainda são beneficiados pela legislação eleitoral, feita para impedir que novas lideranças possam surgir. Prova disso é que, entre aqueles que todos os especialistas apostam como futuros eleitos, nenhum faz parte do que se pode chamar de cara nova na política. Seis dos atuais deputados estarão concorrendo à reeleição (Nilton Capixaba desistiu, por ter problemas com a Justiça Eleitoral e Marcos Rogério tenta o Senado). Marinha Raupp, Mariana Carvalho, Lúcio Mosquini, Luiz Cláudio da Agricultura, Expedito Neto e Lindomar Garçon saem na frente na disputa. Terão alguns pesos pesados a enfrentar, como Mauro Nazif, Jaqueline Cassol, Cláudia Moura, Padre Ton, Silvia Cristina, Agnaldo Nepomuceno, Melki Donadon (sub judice), Rosária Helena, Lucas Follador, Cristiane Lopes, entre alguns outros, mas saem com grande vantagem. No total, 119 concorrem à Câmara. Não há, entre eles, nenhum postulante que já não tenha experiência política, seja em cargos legislativos ou executivos. Caras novas não têm qualquer chance, infelizmente, apesar de termos nomes de gente muito boa, que poderiam oxigenar a política regional.
RENOVAÇÃO NA ALE SERÁ MENOR
Já em relação à Assembleia Legislativa, os números são superlativos. São mais de 360 candidatos para as 24 vagas. A perspectiva é de que se repita o mesmo fenômeno: que haja um percentual menor de renovação do que houve na última legislatura. Nela, os novos nomes chegaram a quase 70 por cento, enquanto para essa nova, com a votação em 7 de outubro, a previsão é de que entre 12 e 13 dos atuais 22 parlamentares que buscam a reeleição, possam chegar lá. Dos 24, só Maurão de Carvalho, que disputa o Governo e Léo Moraes, que concorre à Câmara Federal, estarão fora da busca de retorna ao parlamento. Dezenas de lideranças, tanto da Capital quanto do interior, estão vindo com toda a força para defenestrar os atuais detentores das cadeiras na ALE. Contudo, pelo que se ouve, a tendência é que a maioria dos atuais deputados retorne em 2019. Só se saberá que essa tendência é correta ou não, quando se abrirem as urnas em 7 de outubro e os números começarem a serem computados. Até lá, todos atrás do eleitor!
SOBRINHO EXAGEROU
O ex prefeito Roberto Sobrinho, que estava sumido, ao menos publicamente, da política local, reapareceu essa semana nas redes sociais, pedindo votos para o candidato a deputado federal, o Padre Ton, do seu partido. Sobrinho disse que seu companheiro de PT o ajudou muito quando foi Prefeito, elogiou a atuação dele no parlamento, mas cometeu dois exageros. Primeiro, disse que a reforma trabalhista causou mais de 15 milhões de desempregados, o que não tem nada de real, na medida em que quando ela foi votada, já haviam 13 milhões de brasileiros sem trabalho. A reforma veio exatamente para tentar recuperar, ao menos em parte, esse número incrível de desempregados. Outra afirmação exagerada de Sobrinho é que ele diz que o Padre Ton vai votar contra a decisão de acabar com a aposentadoria dos trabalhadores. Ora, isso nunca foi sequer aventado no Congresso. O que esteve em discussão, mas ainda não foi adiante, é uma reforma da previdência, que não terá dinheiro para pagar seus beneficiários em poucos anos. Afora isso, o ex prefeito falou com o entusiasmo de sempre. Não pediu voto para mais ninguém, além do Padre Ton.
UMA NOVA PRAÇA EFMM EM 18 MESES
O prefeito Hildon Chaves anda entusiasmado com o projeto de revitalização da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré que, segundo ele, dessa vez sairá sim do papel. No dia 2 de outubro, todo o projeto terá o pontapé inicial, com o início das obras de contensão do barranco do rio Madeira, evitando que a erosão avance e destrua ainda mais a área onde está localizado o principal ponto histórico e turístico de Porto Velho. Num vídeo que postou na sua página no Facebook (link), Hildon Chaves explica detalhes da obra e mostra como ela ficará quando pronta, num prazo, segundo ele, de 18 meses, a partir de 2 de outubro próximo, aniversário da cidade. O Prefeito destaca que será uma obra grandiosa e que, finalmente, a Praça da Estrada de Ferro será preparada para se tornar um dos principais locais de encontro da família porto velhense. Espera-se que, dessa vez, finalmente as obras sejam iniciadas e concluídas. Dinheiro tem, com a parceria com a Santo Antônio Energia.
A CULPA É A VÍTIMA
Não tem jeito mesmo: as leis brasileiras dão benefícios a assassinos, enquanto as vítimas são esquecidas e suas famílias ficam, para sempre, com a dor da perda. Um dos próximos casos a provar essa aberração é a possível saída da cadeia do goleiro Bruno, condenado a mais de 20 anos pelo cruel assassinato da sua ex namorada, Eliza Samúdio, com quem teve um filho. Ainda essa semana ele será beneficiado com a tal progressão de pena, como tantos outros criminosos que deixaram rastros de sangue (dos outros, é claro!) pelo caminho, mas são tratados como se fossem pobres coitados, vítimas da sociedade. Bruno terá as regalias que tem muitas vezes a assassina dos próprios pais, Suzane Von Richthofen, que, por incrível que pareça, recebe autorização para sair da cadeia no Dia das Mães, para “comemorar” a data, numa absoluta gozação com a cara da sociedade brasileira. Com menos de oito anos da pena cumpridos, o goleiro vai ser libertado. A família de Eliza até hoje não sabe onde foi enterrado o corpo dela. Nem o filho do casal sabe da sua mãe. É o Brasil, terra da impunidade e onde a gente tratar assassino como se a vítima fosse culpada por ter morrido.
PERGUNTINHA
Você confia na segurança das urnas eletrônicas ou duvida, como o candidato Jair Bolsonaro, que acha que só com o voto impresso a eleição não deixará qualquer dúvida sobre seu resultado real?