A instalação correta de pneus novos no eixo traseiro é o foco das orientações divulgadas pela Dunlop Pneus, que reforça procedimentos de manutenção preventiva para motoristas que realizam a troca parcial do conjunto. A recomendação busca esclarecer uma dúvida recorrente entre condutores e apresentar práticas que influenciam diretamente o comportamento do veículo em diferentes condições de uso.
“Em uma frenagem brusca ou em curvas sobre piso molhado, pneus mais aderentes na traseira são fundamentais para manter a estabilidade e evitar o deslizamento do carro. É o que chamamos popularmente de ‘saindo de traseira’, um movimento difícil de corrigir e que pode causar acidentes graves”, explica Hugo Issao Terazaki, Gerente de Serviços Técnicos na Dunlop Pneus. A orientação da empresa destaca que a posição dos pneus novos não depende do tipo de tração do veículo, mas da função desempenhada pelo eixo traseiro na manutenção da trajetória.
A recomendação se baseia no papel do eixo traseiro na estabilidade do automóvel. Em situações de risco, como desvios repentinos ou pistas molhadas, pneus traseiros desgastados podem perder aderência de forma súbita, provocando o giro do veículo. A derrapagem dianteira, embora indesejada, tende a ser mais previsível para o motorista, enquanto a perda de controle da traseira exige técnicas específicas para correção.
Entre os fatores apontados pela Dunlop está o controle de derrapagem. Pneus com sulcos mais profundos no eixo traseiro favorecem a expulsão de água e reduzem a possibilidade de perda de contato com o solo. Outro ponto é a dirigibilidade: o motorista atua diretamente sobre as rodas dianteiras, mas não exerce controle direto sobre as traseiras, o que torna essencial garantir maior aderência no eixo posterior.
A estabilidade em frenagens também é citada. Em uma freada de emergência, o deslocamento de peso para a dianteira pode levar ao travamento das rodas traseiras quando estão mais desgastadas, comprometendo o controle do veículo. A instalação dos pneus novos atrás reduz esse risco e contribui para a manutenção da trajetória.
A Dunlop reforça ainda que a troca deve ser realizada sempre em pares, mantendo pneus iguais no mesmo eixo. A substituição isolada de um único pneu pode gerar diferenças de comportamento entre os lados do veículo.
“Quando o motorista substitui apenas um pneu, cria-se uma diferença de comportamento entre os lados do carro, o que afeta diretamente o controle em curvas e frenagens”, complementa Hugo.
Outra prática recomendada é o rodízio periódico, realizado entre 5 mil e 10 mil quilômetros, conforme o desenho da banda de rodagem. O procedimento distribui o desgaste entre os eixos e prolonga a vida útil do conjunto, reduzindo a necessidade de trocas parciais.
A empresa também orienta sobre cuidados complementares, como manter a pressão indicada pelo fabricante, realizar alinhamento e balanceamento e seguir as recomendações de troca por pares. “Mais importante do que escolher o melhor pneu é garantir que ele seja instalado corretamente. É um cuidado que protege não só o motorista, mas todos que compartilham a estrada”, finaliza.











































