O governo venezuelano emitiu um alerta nesta segunda-feira, 22 de dezembro, a Trinidad e Tobago, afirmando que responderá caso o país caribenho ceda seu território aos Estados Unidos para um ataque contra a Venezuela. A declaração foi feita pelo ministro venezuelano do Interior, Diosdado Cabello, que acusou Trinidad de já estar permitindo o uso de seu espaço para ações contra o país vizinho.
Cabello enfatizou que a Venezuela “não luta com ninguém, mas não nos deixam alternativa”, e que uma resposta seria inevitável para evitar um ataque. Ele ressaltou que, historicamente, as duas nações viveram em paz e que o povo de Trinidad e Tobago “não está de acordo” com o uso de seu território para fins hostis.
A primeira-ministra de Trinidad e Tobago, Kamla Persad-Bissessar, havia defendido na última sexta-feira que a “melhor defesa” para seu país é a cooperação militar com os Estados Unidos. Os EUA instalaram um sistema de radar e destacaram fuzileiros navais em Tobago, além de utilizarem aeroportos trinitinos, o que Caracas considera uma ameaça.
A tensão entre os países vizinhos tem gerado divisões na Comunidade do Caribe (Caricom). A secretária-geral da Caricom, Carla Barnett, pediu unidade entre os 15 membros da organização, alertando para “ventos geopolíticos adversos sem precedentes”. Trinidad e Tobago, juntamente com a Guiana, apoiam a postura dos Estados Unidos contra a Venezuela, enquanto outros membros da Caricom expressam preocupação com as consequências de um conflito para toda a região.











































