O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta terça-feira, 23 de dezembro, que a aquisição ou o controle da Groenlândia é uma prioridade de segurança nacional. Durante coletiva em Mar-a-Lago, na Flórida, Trump justificou a necessidade do território para a proteção do país e criticou duramente a Dinamarca, aliada da Otan. Segundo o republicano, Copenhague não investe o suficiente na região e possui um sistema de defesa militar insuficiente.
A tensão diplomática escalou após a nomeação de Jeff Landry, governador da Louisiana, como enviado especial para assuntos da Groenlândia. Landry, que já defendeu abertamente a anexação do território pelos EUA, afirmou que sua missão é integrar a ilha ao domínio norte-americano. Em resposta, o governo da Dinamarca classificou a nomeação como “totalmente inaceitável” e anunciou a convocação do embaixador dos Estados Unidos para prestar esclarecimentos.
A União Europeia reagiu prontamente em solidariedade aos dinamarqueses. O presidente do Conselho Europeu, António Costa, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, emitiram nota reforçando que a integridade territorial e a soberania são princípios fundamentais do Direito Internacional. A Groenlândia, que possui status de autonomia desde 2010 e o direito à autodeterminação, tem 80% de seu território coberto por gelo e depende economicamente da Dinamarca.
Apesar da pressão de Washington, sondagens recentes indicam que a população da Groenlândia rejeita a ideia de anexação pelos Estados Unidos. O governo autônomo da ilha, formado por uma coalizão pró-independência, busca manter sua soberania enquanto a Dinamarca amplia investimentos militares na região para conter o avanço das pretensões norte-americanas no Ártico.








































