O Japão concluiu, nesta segunda-feira (22), as etapas legais para retomar as operações no complexo industrial de Kashiwazaki-Kariwa, a maior usina nuclear do mundo. A decisão ocorre quase 15 anos após o terremoto e tsunami de 2011, que provocaram o colapso da usina de Fukushima Daiichi.
A assembleia da província de Niigata aprovou um voto de confiança no governador Hideyo Hanazumi, que já havia manifestado apoio à reativação. Com o aval legislativo, a Tokyo Electric Power Co (Tepco) poderá voltar a operar o primeiro dos sete reatores da unidade, com previsão de início para 20 de janeiro de 2025.
O complexo tem capacidade total de 8,2 GW, o suficiente para abastecer milhões de residências e reduzir a dependência japonesa de combustíveis fósseis importados. Atualmente, o país já conta com 14 reatores em funcionamento de um total de 33 unidades operacionais remanescentes.
Apesar da aprovação, a medida enfrenta forte resistência popular. Cerca de 300 manifestantes protestaram em frente à sede do governo regional, expressando preocupação com a segurança e o histórico da operadora. Pesquisas locais indicam que 70% dos moradores ainda demonstram desconfiança em relação à gestão da Tepco.
O governo japonês defende que a energia nuclear é essencial para garantir a segurança energética e cumprir metas climáticas. A empresa prometeu investir 100 bilhões de ienes na região nos próximos dez anos para mitigar preocupações e estimular a economia local.












































