O Ministério das Relações Exteriores da China criticou duramente a interceptação de um petroleiro por forças dos Estados Unidos na costa venezuelana. Em coletiva realizada nesta segunda-feira (22), o porta-voz Lin Jian afirmou que a manobra constitui uma “grave violação do direito internacional” e defendeu o direito da Venezuela de manter relações comerciais globais.
A ação da Guarda Costeira dos EUA ocorreu no último sábado, em águas internacionais, sendo o segundo caso registrado após o presidente Donald Trump anunciar um bloqueio a navios sancionados. Washington alega que a embarcação operava com bandeira falsa para evadir sanções impostas ao governo venezuelano sob ordem judicial.
O navio interceptado, identificado como Centuries, transportava aproximadamente 1,8 milhão de barris de petróleo bruto do tipo Merey com destino à China. O país asiático é atualmente o principal comprador do petróleo venezuelano, volume que corresponde a cerca de 4% de todas as importações chinesas do produto.
Tensão diplomática e acusações de pirataria
O governo da Venezuela também se manifestou sobre o episódio, classificando a apreensão da carga como um “grave ato de pirataria internacional”. Para Caracas, a medida americana representa um cerceamento ilícito das atividades econômicas do país e uma agressão à sua soberania em rotas marítimas.
A interceptação ocorre em um momento de endurecimento das sanções americanas contra o setor petrolífero venezuelano. A China, por sua vez, sinaliza que manterá o fluxo de comércio com a nação sul-americana, ignorando as restrições unilaterais impostas pela Casa Branca e reforçando os laços diplomáticos entre Pequim e Caracas.










































