O Ministério das Relações Exteriores da Rússia emitiu um alerta nesta quarta-feira, 17 de dezembro, sobre o agravamento das tensões na Venezuela. Segundo a chancelaria russa, as recentes manobras militares e sanções aplicadas pelos Estados Unidos podem desencadear consequências graves para a estabilidade global. O comunicado foi divulgado pela agência estatal Tass, em resposta direta às ações do governo norte-americano.
A crise escalou após o presidente Donald Trump ordenar, na terça-feira, o bloqueio de todos os navios petroleiros sancionados que operam no território venezuelano. A medida visa cortar a principal fonte de renda da gestão de Nicolás Maduro. Para apoiar a decisão, Washington mobilizou quase uma dúzia de navios de guerra, incluindo um porta-aviões, além de milhares de soldados para a região do Caribe.
O governo da Venezuela reagiu oficialmente ao anúncio, classificando a postura de Trump como uma “ameaça grotesca”. Ainda não há detalhes sobre como a Guarda Costeira ou a Marinha dos EUA pretendem realizar a interdição física das embarcações. No entanto, o mercado internacional já sente os reflexos da tensão, com o preço do petróleo subindo mais de 1% no comércio asiático nesta quarta-feira.
Até o fechamento de terça-feira, o barril de petróleo estava cotado a US$ 55,27, o valor mais baixo em quase cinco anos. Especialistas apontam que a nova ofensiva naval pode reverter essa tendência de queda nos preços dos combustíveis devido ao risco de interrupção na oferta. O governo russo reiterou que a pressão externa sobre Caracas dificulta uma solução diplomática para o impasse político no país.











































