O acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza completou um mês nesta segunda-feira (10 de novembro de 2025) com um saldo de 271 palestinos assassinados no período, conforme nota divulgada pelo Hamas. Outras 622 pessoas ficaram feridas devido a bombardeios e disparos, incluindo 221 crianças.
De acordo com o grupo político-militar, 58% das vítimas fatais eram crianças, mulheres e idosos, o que reflete uma política de “assassinato sistemático contra civis desarmados”.
Ajuda Humanitária Bloqueada
O Hamas denunciou que apenas 40% da ajuda humanitária prevista no acordo entrou em Gaza durante o período. O documento previa a entrada de 600 caminhões por dia, incluindo 50 caminhões-tanque de combustíveis.
“As entregas de ajuda efetivas não ultrapassaram 40% da quantidade acordada — menos de 200 caminhões por dia no primeiro mês —, enquanto as remessas comerciais constituíram 60%, parte das quais foi registrada falsamente como ajuda humanitária”, informou o grupo.
A Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA) continua enfrentando bloqueios impostos por Israel, apesar do parecer da Corte Internacional de Justiça (CIJ) que obriga Israel a permitir a entrada dos suprimentos da agência.
Segundo dados da ONU, 3,2 mil caminhões com ajuda humanitária foram entregues, mas nenhum veículo era da UNRWA.
Acusações Mútuas de Violação
Israel e Hamas continuam trocando acusações de violação do cessar-fogo.
Hamas acusa Israel de ter detido 35 moradores de Gaza no período e de demolir casas dentro da linha amarela.
Israel acusa o Hamas de violação do cessar-fogo, alegando que “supostos terroristas” têm cruzado a Linha Amarela e realizado ataques contra as tropas da Força de Defesa de Israel (FDI).
O governo de Tel Aviv também exige a devolução dos restos mortais de quatro reféns feitos em 7 de outubro de 2023. O ministro da Defesa Israel Kartz afirmou que Israel continuará agindo com vigor para desmilitarizar Gaza completamente e destruir todos os túneis do Hamas.
O Hamas argumenta que a destruição da infraestrutura de Gaza e a falta de equipamentos de escavação impediram a localização de todos os restos mortais, mas afirma ter localizado 24 dos 28 corpos e fornecido as coordenadas para outros.









































