A Suprema Corte da Bolívia ordenou a libertação imediata da ex-presidente Jeanine Áñez nesta quarta-feira, 5 de novembro de 2025. A decisão encerra vários anos de detenção da ex-chefe de Estado, que estava vinculada a processos judiciais decorrentes de sua administração interina em 2019.
“A anulação da sentença foi ordenada. Ela recebeu uma sentença final de 10 anos e, consequentemente, sua libertação é ordenada hoje”, declarou o juiz da Suprema Corte Romer Saucedo a repórteres em La Paz.
Áñez foi presa em março de 2021 e passou 20 meses em prisão preventiva antes de ser condenada em 2022. A condenação era por violar normas constitucionais que salvaguardam a ordem democrática. Durante seu governo, houve uma repressão a protestos que resultou na morte de 22 civis. A ex-presidente nega todas as acusações contra ela.
Mudança no Processo Judicial
A decisão da Justiça ocorre semanas após a derrota do partido governista Movimento ao Socialismo (MAS) no segundo turno das eleições bolivianas, em outubro. O MAS havia acusado Áñez de orquestrar um golpe para chegar ao poder durante a crise política de 2019.
A Suprema Corte anulou os processos criminais comuns contra Jeanine Áñez e redirecionou seu caso para um “julgamento de responsabilidades”. Este é um processo especial reservado pela legislação para ex-chefes de Estado.
O Judiciário determinou sua libertação para que a ex-presidente possa se defender no âmbito desse novo processo.





































