O Exército israelense atacou a Faixa de Gaza pela terceira noite consecutiva, na quinta-feira (30). A violência resultou na morte de duas pessoas, conforme informou a agência oficial de notícias da Autoridade Palestina (WAFA).
O episódio coloca à prova o frágil acordo de cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos.
Nesta sexta-feira (31), a WAFA reportou que um palestino morreu devido a um bombardeio de Israel. Outro foi morto a tiros pelas forças israelenses. Um terceiro palestino morreu devido a ferimentos sofridos em bombardeios anteriores.
Violência desafia o cessar-fogo
O cessar-fogo está em vigor há três semanas, mas é periodicamente testado por surtos de violência. O acordo não solucionou questões espinhosas, como o desarmamento do Hamas e o cronograma para a retirada das tropas israelenses.
Entre terça e quarta-feira, Israel retaliou a morte de um soldado israelense com bombardeios. Autoridades de saúde de Gaza disseram que os ataques mataram 104 pessoas.
Israel havia declarado na quarta-feira (29) que, apesar da retaliação, continuava comprometido com a trégua. O país alegou que o soldado foi morto em um ataque de homens armados na “linha amarela” de onde suas tropas se retiraram, mas o Hamas rejeitou a acusação.
Entrega de corpos de reféns
Em um desdobramento relacionado, o grupo militante palestino Hamas entregou na quinta-feira os corpos de dois reféns israelenses que haviam morrido.
Sob o acordo, o Hamas libertou reféns vivos em troca de prisioneiros e detentos palestinos. Israel, por sua vez, concordou em retirar tropas, interromper a ofensiva e aumentar a ajuda humanitária.
O Hamas também concordou em entregar os restos mortais de todos os 28 reféns mortos. Em troca, receberia 360 militantes palestinos mortos na guerra. Com a entrega de quinta-feira, o Hamas entregou 17 corpos até o momento.
O grupo palestino afirmou que a localização e recuperação dos corpos restantes levará tempo. Israel, contudo, acusou o Hamas de violar a trégua ao adiar a entrega.
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