Um cessar-fogo entre Israel e o Hamas foi mantido pelo terceiro dia consecutivo neste domingo (12) na Faixa de Gaza, em meio à expectativa pela libertação de reféns israelenses e prisioneiros palestinos, além da visita do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a Jerusalém.
Milhares de palestinos continuaram a se deslocar para o norte de Gaza, especialmente em direção à Cidade de Gaza, epicentro dos ataques israelenses dos últimos meses. Muitos expressaram esperança de que a trégua possa marcar o fim da guerra.
“Há muita alegria entre as pessoas”, afirmou Abdou Abu Seada, morador local. “Mas também há cansaço, depois de dois anos de conflito que destruíram boa parte de Gaza.”
Segundo Shosh Bedrosian, porta-voz do governo israelense, a libertação dos reféns vivos deve ocorrer na manhã de segunda-feira (13), com a entrega conjunta de 20 pessoas. Posteriormente, será feita a devolução dos corpos de 28 reféns mortos.
Israel declarou estar preparado para receber os reféns caso a libertação ocorra antes do previsto. O governo americano acompanha as negociações de perto, enquanto Trump deve fazer um discurso no Parlamento israelense (Knesset), reforçando o apoio político e militar ao aliado histórico dos Estados Unidos.
Pelo acordo de cessar-fogo, o Hamas deve libertar todos os reféns sobreviventes até o meio-dia de segunda-feira, encerrando o sequestro iniciado em 7 de outubro de 2023, quando o grupo lançou um ataque surpresa contra Israel, que deu origem ao conflito.
A trégua representa um dos momentos mais tensos e decisivos desde o início da guerra, com a comunidade internacional pressionando por uma solução duradoura e humanitária para a crise na região.