O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou em um vídeo que não haverá Estado palestino a oeste do Rio Jordão. A mensagem, divulgada em 22 de setembro de 2025, foi dirigida a líderes ocidentais, em particular os do Reino Unido, Canadá e Austrália, que recentemente reconheceram a soberania da Palestina. Netanyahu classificou a ação como uma “enorme recompensa ao terrorismo”, referindo-se ao ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023.
Em resposta ao reconhecimento, Netanyahu prometeu expandir os assentamentos judaicos na Cisjordânia ocupada e anunciou que dará uma resposta formal após seu retorno dos Estados Unidos. Ele está em Nova York para a 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas, onde também se encontrará com o presidente Donald Trump.
A posição de Israel foi formalmente comunicada em nota do Ministério das Relações Exteriores, que “rejeitou categoricamente a declaração unilateral de reconhecimento de um Estado palestino”. Segundo o governo israelense, a decisão não promove a paz e “mina as chances de alcançar uma solução pacífica no futuro”. A nota também acusou a Autoridade Palestina de não combater o terrorismo, lembrando ainda que o presidente Donald Trump impediu que a delegação palestina entrasse nos EUA para participar da semana de alto nível da ONU.
Nesta segunda-feira (22), véspera da Assembleia Geral, a França e a Arábia Saudita promoveram uma conferência sobre a solução de dois Estados. Segundo a presidência francesa, países como França, Bélgica e Luxemburgo formalizarão o reconhecimento do Estado palestino durante o evento.