O Papa Leão XIV condenou neste domingo (21) o deslocamento forçado de civis em Gaza, em meio à intensificação da ofensiva israelense contra a principal cidade do enclave palestino.
“Não há futuro baseado na violência, no exílio forçado e na vingança”, declarou o pontífice durante a oração semanal do Angelus. Ele destacou ainda que “os povos precisam de paz. Aqueles que realmente os amam trabalham pela paz”.
A Terra Santa, lembrou o Papa, é um território que abrange partes de Israel, dos territórios palestinos ocupados, da Jordânia e do Egito, locais sagrados para o judaísmo, o cristianismo e o islamismo.
31 mortos em novos ataques
Segundo autoridades de saúde de Gaza, 31 palestinos morreram neste domingo após a destruição de mais prédios residenciais por forças israelenses. A ofensiva militar provocou fuga em massa de moradores, enquanto tanques avançavam para áreas densamente povoadas da Cidade de Gaza.
Entre as vítimas estavam uma mulher grávida e seus dois filhos, confirmaram médicos locais. O Exército de Israel não comentou diretamente as mortes, limitando-se a informar que havia matado “inúmeros militantes”.
“A mãe, o menino, a menina e o bebê em seu ventre ─ encontramos todos eles mortos”, relatou Mosallam Al-Hadad, sogro da vítima, acrescentando que seu filho ficou gravemente ferido e teve uma perna amputada.
Contexto do conflito
Após quase dois anos de guerra, Israel afirma que a Cidade de Gaza representa o último bastião do Hamas. Os militares têm demolido blocos de apartamentos alegando que os prédios são usados pelo grupo desde o início da nova ofensiva terrestre.
Enquanto isso, famílias palestinas buscam sobreviventes e pertences nos escombros, em meio à crescente crise humanitária no território.