As Forças Armadas de Israel anunciaram, nesta quarta-feira (17), a abertura de uma nova rota para a evacuação de civis da Cidade de Gaza. A rota ficará disponível por 48 horas, permitindo que os palestinos se desloquem para o sul. A medida acontece enquanto Israel intensifica seus esforços para esvaziar a cidade e enfrentar combatentes do Hamas. Muitos moradores, porém, relutam em deixar a cidade por medo dos perigos no caminho, da falta de condições no sul e do deslocamento permanente.
Em folhetos lançados sobre a Cidade de Gaza, os militares israelenses orientaram os palestinos a usarem a recém-reaberta Salahudin Road para se moverem em direção ao sul até a manhã de sexta-feira (19). A situação é descrita como caótica e perigosa, com civis se deslocando a pé, em veículos ou carroças.
Situação e futuro da guerra
Enquanto Israel avança com tanques em direção às áreas central e ocidental da cidade, as autoridades israelenses informam que a operação será intensificada nos próximos meses. Eles esperam que cerca de 100 mil civis permaneçam na cidade, que levaria meses para ser capturada. A operação poderia ser suspensa se um cessar-fogo com o Hamas for alcançado.
No entanto, as perspectivas de paz parecem distantes. Após Israel atacar líderes políticos do Hamas em Doha, o Catar, um dos mediadores, demonstrou irritação. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reafirmou que Israel atacará o Hamas em qualquer lugar, apesar das críticas globais. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disse que há uma “janela de tempo muito curta” para que um cessar-fogo aconteça.
A ofensiva e o deslocamento em massa da população de Gaza têm sido condenados por Nações Unidas, grupos de ajuda humanitária e governos estrangeiros.
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