O primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman Al-Thani, afirmou que Benjamin Netanyahu “matou qualquer esperança” de libertar reféns israelenses em Gaza. A declaração foi feita após um ataque contra o Hamas na capital catari, Doha, na última terça-feira, 9 de setembro de 2025.
Al-Thani classificou a ação como um ato de “terrorismo de Estado” em entrevista à CNN. Ele disse que, após o ataque, seu país irá reavaliar seu papel de mediador.
Tensão diplomática e a reação de Israel
O ataque matou seis membros do Hamas que participavam das negociações para um cessar-fogo, mediado pelos Estados Unidos e outros países do Golfo. Em resposta às críticas, Netanyahu acusou o Catar de abrigar terroristas e sugeriu que outros ataques poderiam ocorrer. “Ou vocês os expulsam ou os levam aos tribunais. Porque se não o fizerem, nós o faremos”, afirmou.
O papel do Catar nas negociações
O Catar, aliado dos EUA, tem sido o anfitrião das negociações de cessar-fogo em Gaza. No momento do ataque, os líderes do Hamas discutiam uma nova proposta apresentada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que negou qualquer envolvimento na decisão. “Esta foi uma decisão tomada pelo primeiro-ministro Netanyahu, não foi uma decisão tomada por mim”, disse.
Al-Thani lamentou o ataque, pois famílias de reféns contavam com a mediação para uma possível libertação. “Não há outra esperança”, ressaltou.