O presidente da França, Emmanuel Macron, está à procura de seu quinto primeiro-ministro em menos de dois anos. A busca por um novo líder surge após a derrota do premiê de centro-direita François Bayrou em um voto de confiança, nesta segunda-feira, 8 de setembro de 2025. A queda do governo foi causada por sua proposta de orçamento impopular, que visava combater a crescente dívida nacional.
Bayrou entregará oficialmente sua renúncia nesta terça-feira, 9 de setembro. Seu sucessor terá a difícil tarefa de unir o Parlamento e aprovar um novo orçamento, enquanto a França lida com um déficit que chega a quase o dobro do limite estabelecido pela União Europeia.
Incerteza política e reações
Com a crise política, nomes como o ministro da Defesa, Sebastien Lecornu, são cotados para assumir o cargo. Outras opções de Macron incluem a nomeação de um político de centro-esquerda ou um tecnocrata. A oposição, liderada pelo Reunião Nacional, de extrema-direita, voltou a exigir uma eleição parlamentar antecipada, mas Macron tem descartado a possibilidade.
A instabilidade política gerou preocupação no setor empresarial. A França Digitale, um lobby de tecnologia, alertou que a queda do governo “desacelera os investimentos e as contratações”. A crise também preocupa o mercado financeiro, que está atento à decisão da agência de classificação de risco Fitch sobre a nota soberana da França. O país se prepara ainda para novos protestos contra o governo.