O Exército de Israel anunciou neste sábado (17) o início de uma nova fase da ofensiva militar na cidade de Gaza, no norte do território palestino. O objetivo declarado é atacar de forma “decisiva” o movimento islâmico Hamas, considerado por Israel um de seus últimos redutos.
“Hoje aprovamos o plano para a próxima fase da guerra. Manteremos o ímpeto da operação, concentrando-nos na cidade de Gaza”, disse o chefe do Estado-Maior, Eyal Zamir, em comunicado.
Segundo o oficial, a estratégia busca enfraquecer as capacidades do Hamas e manter os reféns como prioridade. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu já havia sinalizado a aprovação do novo plano em reunião com o gabinete de segurança.
O Hamas reagiu, afirmando que a medida representa um “crime de guerra” e acusou Israel de agir com “carta branca” concedida pelos Estados Unidos. A organização denunciou ainda que o deslocamento de civis para o sul de Gaza, anunciado pelo Exército, seria uma “manobra para encobrir massacre iminente”.
De acordo com a rádio militar israelense, a operação prevê a mobilização de quatro divisões e dezenas de milhares de soldados, com a meta de cercar a cidade até 7 de outubro. O Cogat, órgão ligado ao Ministério da Defesa, informou que fornecerá tendas e abrigos para a população deslocada.
A guerra entre Israel e Hamas já dura 22 meses, desde o ataque de 7 de outubro de 2023, que deixou 1.200 mortos em Israel e 251 reféns. Desde então, a ofensiva israelense matou mais de 61 mil palestinos, segundo autoridades de saúde locais.