Intensificação histórica
O furacão Erin surpreendeu meteorologistas ao registrar uma das intensificações mais rápidas já observadas no Oceano Atlântico. Em pouco mais de 24 horas, a tempestade passou de categoria 1, com ventos de 120 km/h, para categoria 5, alcançando quase 260 km/h.
Segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês), Erin é agora um dos furacões mais poderosos já registrados nesta bacia oceânica e o 11º a atingir categoria 5 desde 2016, número considerado excepcionalmente alto.
Fenômeno ligado ao aquecimento global
A chamada intensificação rápida – quando um furacão ganha ao menos 56 km/h de velocidade em 24 horas – vem se tornando cada vez mais comum. Cientistas atribuem o fenômeno ao aquecimento dos oceanos e da atmosfera provocado pela poluição por combustíveis fósseis.
Especialistas destacam que agosto costuma marcar o pico da temporada, mas furacões tão fortes normalmente aparecem entre setembro e outubro. O caso de Erin, portanto, é considerado fora do padrão histórico.
“A formação de uma tempestade de categoria 5 tão cedo na temporada é incomum e preocupante”, ressaltou um comunicado do NHC.
Trajetória e impactos previstos
Na noite de sábado (16), Erin estava a cerca de 240 km de San Juan, Porto Rico, e 250 km de Anguila. A previsão é de que a tempestade se desloque ao norte do Caribe, sem impacto direto no continente, mas ampliando riscos nas áreas costeiras.
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Alertas de enchente foram emitidos para o norte de Porto Rico.
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Ilhas Turcas e Caicos e partes das Ilhas Leeward permanecem sob aviso de tempestade tropical.
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A expectativa é que Erin duplique ou até triplique de tamanho nos próximos dias.
Além disso, ondas gigantes e correntes de retorno perigosas devem atingir as praias das Bahamas, da costa leste dos EUA e do Canadá, representando risco de morte para banhistas.
Quarta temporada seguida com furacões categoria 5
Erin é o primeiro grande furacão da temporada de 2025 no Atlântico. Antes dele, quatro sistemas tropicais – Andrea, Barry, Chantal e Dexter – não passaram da categoria de tempestade tropical.
Essa é a quarta temporada consecutiva a registrar furacões de categoria 5. Em 2024, os furacões Beryl e Milton já haviam atingido a intensidade máxima.
Com informações: CNN BRASIL