As Forças Armadas de Israel bombardearam a Cidade de Gaza nesta quarta-feira (13), antes de uma ocupação planejada da região. O Ministério da Saúde de Gaza informou que 123 pessoas morreram nas últimas 24 horas, o pior número em uma semana. Enquanto isso, o grupo militante Hamas mantém novas conversações no Cairo com mediadores egípcios.
O intenso conflito, que já dura quase dois anos, destruiu grande parte do território onde vivem mais de 2 milhões de palestinos.
Netanyahu fala sobre saída dos palestinos de Gaza
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reiterou que os palestinos deveriam ter permissão para deixar Gaza. “Eles não estão sendo expulsos, terão permissão para sair”, disse Netanyahu à i24NEWS. Ele defende que outros países deveriam abrir seus portões para ajudar os palestinos.
A ideia de deslocar a população de Gaza assusta líderes árabes e mundiais. Para os palestinos, a saída forçada de sua população seria como uma nova “Nakba”, termo que significa catástrofe e se refere à fuga ou expulsão de centenas de milhares de pessoas durante a guerra de 1948.
Ataques e conversas por cessar-fogo
Moradores relataram que aviões e tanques israelenses bombardearam intensamente as áreas do leste da Cidade de Gaza. Muitas casas foram destruídas em bairros como Zeitoun e Shejaia. No Hospital Al-Ahli, a informação é de que 12 pessoas morreram em um ataque aéreo a uma residência em Zeitoun.
No leste de Khan Younis, tanques israelenses destruíram várias casas. No centro de Gaza, nove pessoas foram mortas a tiros enquanto buscavam ajuda, segundo relatos de médicos palestinos. O Ministério da Saúde de Gaza também informou que outras oito pessoas, incluindo três crianças, morreram de fome e desnutrição nas últimas 24 horas, elevando o total para 235 desde o início da guerra.
As negociações entre o Hamas e autoridades egípcias no Cairo se concentram em interromper a guerra, entregar ajuda humanitária e “acabar com o sofrimento do povo em Gaza”. Fontes de segurança egípcias indicaram que as conversas discutem um cessar-fogo abrangente. No entanto, um representante do Hamas afirmou à Reuters que o grupo está aberto a todas as ideias, mas não irá depor as armas antes que a ocupação israelense termine.