Em uma declaração assinada por 111 organizações, incluindo Mercy Corps e o Conselho Norueguês de Refugiados, os grupos alertam para a fome em massa no enclave. Toneladas de alimentos e suprimentos médicos estão barrados fora de Gaza, sem acesso à população necessitada.
Fim do cerco
As organizações pedem que os governos exijam o fim das restrições burocráticas, a abertura de todas as passagens terrestres e acesso total à população de Gaza. Elas também rejeitam a distribuição militarizada e pedem uma “resposta humanitária baseada em princípios e liderada pela ONU”.
Crise agravada
Mais de 800 pessoas morreram nas últimas semanas buscando alimentos, a maioria em tiroteios com soldados israelenses. Desde a ofensiva israelense em resposta aos ataques do Hamas em outubro de 2023, quase 60 mil palestinos foram mortos. Pela primeira vez desde o início da guerra, autoridades palestinas relatam mortes por fome. Os estoques de alimentos em Gaza esgotaram-se após Israel cortar suprimentos em março e, mesmo após um alívio em maio, novas medidas de segurança dificultam a entrada de ajuda.