Quatro astronautas — um húngaro, um indiano, um polaco e um norte-americano — partiram nesta quarta-feira (25) de Cabo Canaveral, nos Estados Unidos (EUA), num voo privado com destino à Estação Espacial Internacional.
A missão Axiom-4 partiu às 2h31, hora local, de Cabo Canaveral para a Estação Espacial Internacional (EEI), onde os astronautas permanecerão durante 14 dias e conduzirão mais de 60 estudos científicos apoiados por 31 países, incluindo os EUA, a Índia, Polônia, Hungria, Arábia Saudita, o Brasil, a Nigéria e os Emirados Árabes Unidos.
Os estudos em destaque incluem a investigação sobre o impacto da microgravidade em doenças como o diabetes, o câncer e a degeneração muscular, bem como experiências com microalgas, sensores biométricos, culturas de sementes, radiação, impressão 3D e cognição humana no espaço.
Este é também o primeiro voo da cápsula Dragon, da SpaceX, que transporta astronautas para a Estação Espacial Internacional, após o confronto entre o fundador da empresa, Elon Musk, e o presidente norte-americano, Donald Trump.
A sonda levantou voo após seis adiamentos. A missão estava originalmente agendada para 29 de maio, mas foi adiada várias vezes devido a problemas técnicos, meteorológicos e até mesmo imprevistos no lado russo da Estação.
A comandante da missão é a norte-americana Peggy Whitson, que trabalhou na Nasa, a agência espacial norte-americana, e acumulou um total de 675 dias no espaço, mais do que qualquer mulher no mundo e mais do que qualquer pessoa dos Estados Unidos.
A tripulação é composta pelo piloto Shubhanshu Shukla, da Índia, o especialista Slawosz Uznanski-Winiewski, da Polónia, e o investigador Tibor Kapu, da Hungria, todos três estreantes e representantes do primeiro voo espacial patrocinado pelos respectivos governos em mais de 40 anos.
A missão simboliza o crescimento da colaboração internacional na investigação espacial, com a participação ativa de agências como a Organização Indiana de Investigação Espacial (ISRO), a Agência Espacial Europeia (ESA) e o programa espacial Hunor, da Hungria, que conduzirá 25 das experiências planejadas.