O período chuvoso na região amazônica traz chuvas intensas, calor constante e umidade elevada, condições que aumentam a presença de insetos e animais peçonhentos dentro das casas em Porto Velho. A mudança brusca no ambiente faz com que aranhas, escorpiões, lacraias, formigas e até cobras busquem locais secos, transformando quintais e residências em refúgios temporários.
Segundo o biólogo e professor da Afya São Lucas, Flávio Terassini, essa é a época em que diferentes espécies aparecem com mais frequência. Ele cita aranhas caranguejeiras, lacraias que surgem em ralos, formigas peçonhentas, além de abelhas, marimbondos e vespas que constroem ninhos próximos às residências.
O professor reforça que o primeiro cuidado é evitar contato direto com qualquer animal. “A pessoa não deve tentar manusear. Eles vão se defender com mordida, picada ou ferroada. O ideal é manter distância e, em caso de acidente, fotografar para ajudar na identificação médica”, orientou.
Entre as medidas preventivas, Terassini recomenda vedar frestas de portas e janelas, manter janelas fechadas ao anoitecer, usar veda-ralo de borracha e deixar lixeiras sempre tampadas. O acúmulo de lixo atrai baratas e roedores, que por sua vez atraem animais peçonhentos.
Ele alerta ainda que inseticidas comuns não funcionam para aranhas e escorpiões. Métodos caseiros também não têm eficácia. “O único tratamento que resolve em caso de acidente é o soro aplicado no hospital. Quanto mais rápido o atendimento, melhor”, afirmou.
Apesar do aumento de ocorrências nesta época, o biólogo lembra que esses animais têm papel fundamental no equilíbrio ecológico. “Aranhas e escorpiões controlam populações de insetos, abelhas garantem a polinização e cobras evitam a superpopulação de roedores. Sem eles, teríamos um colapso ambiental”, destacou.











































