Depois de enfrentar, em 2024, o pior cenário da década em poluição atmosférica, Porto Velho apresenta sinais de recuperação na qualidade do ar. Dados atuais da IQAir indicam que o índice de material particulado fino (PM₂.₅) está em torno de 9 µg/m³, classificado como “bom” pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em 2024, a capital registrou média anual de 29,5 µg/m³, liderando o ranking das cidades mais poluídas da América Latina. No dia 14 de agosto daquele ano, o nível chegou a 246,4 µg/m³, quase dez vezes acima do recomendado, provocando o fechamento do aeroporto e a decretação de situação de emergência ambiental.
Gestão e estratégia
Desde janeiro de 2025, a Prefeitura, liderada pelo prefeito Léo Moraes e pelo secretário municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema), Vinícius Miguel, adotou medidas integradas para reduzir a poluição. Entre as ações estão:
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Relatório de Monitoramento Ambiental (RMA) obrigatório para renovação de licenças;
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Ampliação de exigências no licenciamento ambiental para fortalecer a rastreabilidade;
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Projeto Sentinela Ambiental, com monitoramento em tempo real de queimadas em parceria com o Governo do Estado;
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Fiscalização intensificada em bairros e áreas de preservação;
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Ferramenta digital de consulta pública de processos ambientais;
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Oficinas e capacitações agroflorestais com foco em regeneração ecológica;
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Integração com a Defesa Civil para prevenção e resposta rápida em períodos críticos.
Resultados e desafios
Embora os números de 2025 ainda dependam de avaliação anual, os dados já demonstram impacto positivo das medidas. A Prefeitura alerta que a temporada de seca e queimadas ainda exige vigilância, mas reforça o compromisso de manter a melhoria da qualidade do ar por meio de tecnologia, transparência e ações preventivas.