O Governo de Rondônia participou da III Conferência de Gerenciamento de Áreas Contaminadas, realizada entre os dias 4 e 7 de agosto de 2025, em São Paulo. Representado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), o estado compartilhou experiências, desafios e avanços no enfrentamento de passivos ambientais, com foco em áreas contaminadas por mineração e reabilitação de lixões desativados.
A participação ocorreu por meio da Coordenadoria de Licenciamento e Monitoramento Ambiental (Colmam), em parceria com o Ministério Público de Rondônia (MPRO). Entre os destaques, a Sedam apresentou o uso de tecnologias como geofísica integrada, geoquímica e tomografia elétrica para identificar e remediar áreas contaminadas com maior precisão.
Além disso, Rondônia foi reconhecida nacionalmente por sua atuação técnica, com ingresso na Rede Interestadual de Áreas Contaminadas, reforçando seu protagonismo na Região Norte. Também foram apresentadas alternativas sustentáveis ao uso do mercúrio, como o extrato vegetal de pau-de-balsa, eficaz na separação do ouro.
Compromisso técnico e sustentável
A analista ambiental Caroline Reis ressaltou que a gestão estadual busca soluções integradas, com base científica, como o uso da geofísica ambiental. “O compromisso de Rondônia é com uma governança ambiental baseada em dados e responsabilidade institucional”, afirmou.
O secretário da Sedam, Marco Antonio Lagos, destacou que a conferência representa uma oportunidade estratégica. “O evento permite acesso a conhecimentos atualizados e fortalece nossas competências técnicas diante dos desafios da sustentabilidade”, comentou.
Governança e regionalização de políticas públicas
O coordenador da Colmam, Rodrigo Queiroz Papafanurakis, frisou a importância da presença técnica do estado no evento. “Apresentar nossos métodos reforça o licenciamento e a fiscalização ambiental em Rondônia, além de alinhar nossas ações às melhores práticas internacionais”, explicou.
Durante as apresentações, foram abordadas ainda ações da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), como a regionalização dos aterros sanitários e a inclusão dos catadores na cadeia produtiva.
A integração de Rondônia à Rede Interestadual de Áreas Contaminadas consolida um avanço expressivo na política ambiental estadual, fortalecendo a atuação técnica e a visibilidade nacional do estado.