O intenso trabalho de combate aos crimes ambientais — principalmente às queimadas — realizado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, por meio do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, vem apresentando resultados satisfatórios.
Nos três primeiros meses de 2025 (janeiro, fevereiro e março), o Brasil registrou 912,9 mil hectares atingidos pelo fogo. No mesmo período de 2024, esse número havia sido de 2,1 milhões de hectares queimados — cenário impulsionado, à época, por queimadas criminosas e clandestinas, muitas delas associadas a pessoas ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Segundo dados do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), a queda foi significativa, representando 70% da redução total registrada no país. Um dado que chama a atenção é que o estado de Rondônia ficou de fora da lista das federações com maior número de queimadas neste período. Já Roraima lidera o ranking com 415,7 mil hectares destruídos, sendo o estado com o maior prejuízo ambiental.
Na sequência aparecem o Pará, com 208,6 mil hectares queimados, e o Maranhão, com 123,8 mil hectares — todos pertencentes à chamada Amazônia Legal.
A análise foi divulgada nesta quarta-feira (16) e integra uma nova pesquisa do sistema Monitor do Fogo, ferramenta do projeto MapBiomas. Os dados são obtidos por meio de imagens de satélite, que permitem comparar as ocorrências entre os anos.
De acordo com o pesquisador Felipe Martenexen, do Ipam, essa redução se deve não apenas à atuação dos órgãos de fiscalização e combate às queimadas, mas também ao regime de chuvas do inverno amazônico, que ajudou significativamente a conter o avanço do fogo sobre a floresta.
Apesar da expressiva redução de 72% no número de queimadas em relação a 2023, a Amazônia ainda foi o bioma mais afetado do país, concentrando cerca de 774 mil hectares queimados — o que representa, segundo o MapBiomas, 78% de toda a área atingida por queimadas no Brasil no período.