No pronunciamento realizado pela ministra de Estado do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, para o Dia Mundial do Meio Ambiente, as ações implantadas na sua pasta, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foram informadas aos brasileiros. A mudança climática, que há pouco mais de 40 anos já fazia parte da agenda da titular do Meio Ambiente, também foi abordada no informativo de pronunciamento ao povo brasileiro.
“Eventos climáticos extremos, como as chuvas no Sul, ilustram bem a relação entre o equilíbrio ambiental e as nossas vidas. Quando protegemos os rios, as florestas, a nossa rica biodiversidade, estamos, na verdade, protegendo e cuidando das pessoas. Estamos garantindo as condições necessárias à manutenção das atividades econômicas”, explica Silva.
Silva também trouxe um alerta por conta dos avanços climáticos extremos, cada vez mais presentes entre nós. “Com o aumento da temperatura global, o mundo está vivenciando os gravíssimos efeitos dos eventos climáticos extremos, cada vez mais frequentes e severos. No Brasil, a intensificação de deslizamentos, inundações e secas, processos de desertificação anunciam dias difíceis, sobretudo para famílias mais vulneráveis”, pontuou.
Encabeçando uma das pastas mais importantes no governo de Lula, o Meio Ambiente e Mudança do Clima, a acreana Marina Silva, eleita deputada federal pelo estado de São Paulo (Rede), expressou seu lamento diante daqueles que ainda negam a influência do homem no ‘aquecimento global’. Sem mencionar nomes, ela atribuiu atrasos nas resoluções ambientais ao governo de Jair Bolsonaro, considerado o mais letal para o meio ambiente e a Amazônia.
“Infelizmente, ainda há quem duvide da relação entre a ação do homem e a reação da natureza”, informou Silva, que também disse que “por alguns anos esse negacionismo atrasou a adoção de medidas urgentes, desrespeitou regras, instituições e servidores ambientais, e nos impôs um tempo perdido”.
Ainda de acordo com Silva, o país irá colocar em prática o plano intitulado Estratégia Nacional de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima. “O programa será lançado como o Plano Nacional da Emergência Climática e terá como prioridade, principalmente, os municípios e áreas de maior risco. O plano vai estruturar a capacidade do governo para lidar com pré-desastre, fortalecendo ações de análise e risco, prevenção e preparação”, informa.
Para o desmatamento, Marina Silva enfatizou um pedido do próprio Lula, feito durante a COP-26, que foi reverter os índices de desmatamento no Brasil, como efeito direto no clima. “O presidente Lula estabeleceu o Compromisso de Desmatamento Zero em todos os biomas brasileiros, com resultados importantes, como a redução de 50% do desmatamento na Amazônia e reduções também no Pampa e Mata Atlântica. Estamos trabalhando para obter resultados no Cerrado, Pantanal e Caatinga”, finaliza.