Os estudos que demandam as previsões de crimes ambientais, já não partem apenas dos acontecimentos práticos. Com a utilização da ‘inteligência artificial’, o diagnóstico divulga o cardápio antes mesmo da catástrofe.

Desenvolvida pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente (Imazon), a IA – PrevisIA, tem juntado tudo e oferecido aos governantes, claro, para aqueles que desejam reverter os crimes ambientais nas suas federações.

A ferramenta, que já vem sendo usada nos trabalhos, lançou um diagnóstico acerca do desmatamento na Amazônia Legal, a partir de 2024. Entre os estados, Rondônia, na 4ª posição pode perder 953,05 km² da Floresta Amazônica. De que maneira? Justamente, por conta daquilo que todo mundo sabe. O desmatamento causado pelos crimes ambientais.

O Imazon, responsável pelos dados, apresentou a lista dos dez municípios com maior risco de desmatamento. Porto Velho (RO), com (240,86 km²), chega na 3ª colocação. O município só perde para São Félix do Xingu e Altamira, no Pará, e veteranos no assunto destruição florestal. O estado paraense, também puxa mais três municípios. Na soma geral, a IA, acredita que a Amazônia Legal perca em torno de 10.190,74 km² de florestas tropicais, se nada for feito.
Com base nos estudos anteriores, a assertividade pode atingir 70% de resultado. “Se isso se concretizar, equivalerá a quase sete cidades de São Paulo ou 3 mil campos de futebol por dia”, confirma, o pesquisador do Imazon e coordenador técnico da PrevisIA, Carlos Souza Jr.
A PrevisIA, apresenta as unidades de conservação (Estação Ecológica Soldado da Borracha, Reserva Extrativista Jaci-Paraná, Parque Estadual de Guajará-Mirim), em Rondônia, áreas de maiores chances para as ocorrências do desmatamento. Estes locais, colocam o estado como o número 2 em crimes, entre os seus pares da AL.
Para a detecção dos registros, o órgão aponta o período de estiagem, quando a escassez de chuvas na Amazônia e as queimadas aumentam consideravelmente. Por isso, o Instituto enxerga 2024 como um ano desafiador, principalmente, no que diz respeito as políticas de repressão dentro daquelas “áreas criticamente ameaçadas”.
Apesar do levantamento revelar uma situação crítica para a Amazônia, o estudo oferece a possibilidade de se evitar o assassinato destas milhares de árvores. Para os pesquisadores, a chance estaria no registro deste ano que apontou apenas 568 km² de desmatamento da floresta, ou seja, é possível que 94% dos hectares de mata pesquisados, seja varrido do mapa.

“Nós queremos errar essa previsão para 2024, porque criamos a PrevisIA justamente para que ela identifique as áreas sob maior risco e ações sejam tomadas para protegê-las, as mantendo em pé”, explica Carlos Souza Jr., pesquisador do Imazon e coordenador técnico da PrevisIA. A reportagem baseou-se nos dados originais do Imazon.