Por Emerson Lopes
A capacitação envolveu todas as orientações teóricas e práticas voltada para a formação de especialistas no combate e prevenção de incêndios e queimadas florestais. A partir de agora, os crimes que mais repercutem dentro das aldeias, serão combatidos pelos próprios indígenas capacitados para atuar como brigadistas oficiais do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo).
Os Indígenas da etnia Paiter Suruí são os primeiros no estado a contar com especialização para à agir neste seguimento que engloba a segurança florestal. Nesta primeira etapa, 15 indígenas foram recrutados por meio de uma parceria da Associação Etnoambiental (Kanindé) com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovais (Ibama), Associação Metareilá e o Distrito Sanitário Especial Indígena o (Dsei) de Vilhena. “Um momento histórico”, disse um integrante indígena.
O curso foi desenvolvido na Aldeia Lapetânia em Cacoal no Território Sete de Setembro onde em seguida os alunos foram apresentados para situações que viverão na prática. Com a formação, os indígenas se juntam aos demais brigadistas do Centro Nacional de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, um departamento do Ibama.
A formação também dar aos suruís a competência de desempenhar ações nas áreas de educação ambiental, pesquisa, monitoramento, controle e combate aos incêndios e queimadas. Os indígenas vão atuar ainda dentro do contexto dos crimes ambientais em outros estados, eles serão chamados a depender da urgência. Almir Suruí, o grande líder dos suruís de Rondônia enxerga na formação uma “valorização das comunidades indígenas, fortalecendo a preservação ambiental e possibilitando a construção de um futuro sustentável e justo.”