Por Emerson Barbosa
Em menos de um ano do seu lançamento, ocorrido em setembro de 2022, “O Território”, dirigido pelo norte-americano Alex Pritz, passou a ser uma obra de cunho referencial ao tratar de imagens revelando os crimes ambientais, sobretudo de desmatamento e invasão de terra indígena na Amazônia brasileira.
Com imagens capitadas por indígenas Uru-eu-Wau-Wau, o documentário traduz fielmente a falta de ação do governo de Jair Bolsonaro (PL) para coibir e frear os crimes ambientais em Rondônia, durante a sua gestão diante da presidência da República. Aclamado, O Território conseguiu passar a mensagem quando as vítimas, no caso, os indígenas Uru-eu-Wau-Wau, assumiram o papel de ‘repórteres-cinematográficos’ registrando a própria história de ameaças das suas vidas e invasão do território.
Essa emersão traduzida no longa-metragem leva o expectador para dentro da realidade, o que pode comprovar o sucesso do filme. Em pouco tempo de exibição, O Território já ganhava os principais prêmios nos festivais internacionais.
Esta semana, O Território será tema de um debate acerca da “Defesa de Direitos e Emergências Climáticas”. O evento ocorrerá em Connecticut, nos EUA.
A obra será apresentada para integrantes de diversos setores e em seguida após a exibição ocorrerá um discursão com a presença da coordenadora da Associação Etnoambiental (Kanindé), Ivaneide Cardozo.
“Vamos falar sobre a defesa de direitos dos povos indígenas nos seus territórios, o desmatamento e invasões. E como isso está interligado com as emergências climáticas, principalmente com a emissão de gás de efeito estufa na Amazônia”, informa.
A Universidade Pública de Connecticut será o palco do evento que contará com as presenças de professores, doutores, estudantes, sociedade civil, membros de instituições ambientais e cineastas, nos EUA.