Imagina uma área de floresta do tamanho da capital fortaleza, simplesmente desaparecer em um único mês? Isso aconteceu mais uma vez na Amazônia, no mês de fevereiro deste ano.
A comprovação veio por meio de um levantamento trazido pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), que revelou que a Amazônia Legal viu desaparecer uma área de 303 km², isso, segundo a organização é o tamanho da capital do estado do Ceará, Fortaleza.
Foto: UESLEI MARCELINO – REUTERS
A devastação é considerada a maior dos últimos 15 anos, para um mês de fevereiro. Já na comparação com 2021, o crime ambiental corresponde a um aumento de cerca de 70%.
Na lista dos que mais desmataram entre os estados que compõem a chamada Amazônia Legal, o Mato Grosso, o Pará e Amazonas puxam a fila.
Somente o Mato Grosso, com base nos estudos do Imazon, o estado sozinho destruiu 96km², o equivalente a 32%. Ainda segundo o ONG, o MT também pontuou a maior alta em devastação, na comparação com o ano passado.
Para a pesquisadora, Larissa Amorim, do Imazon, o cenário é extremamente grave, principalmente ao observar a situação “climática que o mundo está vivendo por conta do aquecimento global, tendo em vista que por sua vez o problema do desmatamento intensifica as mudanças climáticas com eventos extremos”.
A pesquisadora aponta lembra que em um Relatório contendo as assinaturas de diversos cientistas para o Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climática da ONU, a classe foi unanime, “caso não consigamos frear o aumento do aquecimento global, vamos sofrer com fenômenos frequentes e extremos da natureza”.