O prognóstico é mais um dos milhares de estudos desenvolvidos por cientistas no mundo todo e que aponta para um final degradante da floresta amazônica. Neste último, apresentado pelo diretor do Global Systems Institute ligado a Universidade de Exeter, no Reino Unido, Timonthy M. Lenton, o cenário chega até soar como uma catástrofe anunciada.
Nele, os pesquisadores confirmam, três quartos da Amazônia tem mostrado extrema dificuldade de recuperação da área degrada. São cenários como os de seca, incêndios florestais e derrubada ilegal madeira.
Para chegar ao fundamento, os cientistas trabalham com resultados mensais, como por exemplo, as informações adquiridas dos satélites nos últimos 20 anos. Tudo mudou, confirma os cientistas, do material orgânico ao verde da floresta. A resposta para tal crise todo mundo conhece, às mudanças climáticas em decorrência da degradação ambiental.
Pior que as confirmações pelos cientistas é saber que nada mais poderá ser feito. Esse declínio que vem apresentado a Amazônia já há vinte anos seria para os pesquisadores algo irreversível. “Tarde demais para parar o clima”.
Os pesquisadores ligados ao estudo, não apontam uma data para o início do processo de savanização. Lenton, lembra que “se a Amazônia chegar nesse ponto de “côncava para baixo”, a humanidade irá assistir de fato o que de pior traz as mudanças climáticas”.
Nos últimos anos, segundo o estudo, foram perdidos 90 bilhões de toneladas de dióxido de carbono existentes nas árvores e na terra da Amazônia. Perdendo o fator de floresta tropical encerra-se a produção de carbono.
Em um segundo estudo publicado na revista Nature Climate Change, desta vez usando imagem de computador, os cientistas obtiveram uma conclusão semelhante. Assim que a floresta chegar ao ponto de inflexão, ou seja, quando ela começar reduzir pra baixo será pontual o seu desaparecimento. Lenton acredita isso seja levará apenas décadas.