A quadrilha JUABP, uma das mais tradicionais de Rondônia, se prepara para mais uma apresentação marcante na 41ª edição do Arraial Flor do Maracujá, que acontece de 1º a 10 de agosto, no Parque dos Tanques, em Porto Velho. Neste ano, o grupo leva à arena o tema “O Lampião: nem herói, nem vilão”, com uma leitura crítica da trajetória de Virgulino Ferreira, símbolo do cangaço nordestino.
Segundo lugar em 2024 com “Auto da Compadecida”
Em 2024, a JUABP voltou ao pódio do Flor do Maracujá conquistando o segundo lugar, ao homenagear a obra clássica “O Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna. A apresentação foi marcada por elementos culturais do nordeste e uma forte interação com o público.
Fundada em 1992, a JUABP teve origem no Bairro Areal da Floresta, com o objetivo de animar o arraial de uma instituição religiosa. Ao longo das décadas, consolidou-se como uma das maiores representantes do movimento junino em Rondônia, conquistando os títulos do Flor do Maracujá nos anos de 2006, 2016 e 2019.

Ensaio, comunidade e história
Os ensaios da quadrilha JUABP ocorrem às terças, quintas, sextas e domingos, na quadra da Escola Jesus Burlamaqui, também no Bairro Areal da Floresta, onde o grupo mantém sua base desde 2007.
À frente da quadrilha está João Big, presidente desde 2003. “Cheguei em 2000 como dançarino, participei de uma apresentação e logo me envolvi com a criação de alegorias. Em 2002, assumi mais responsabilidades e, no ano seguinte, fui escolhido para a presidência. Hoje, além de dançar, desenvolvemos também ações sociais durante o ano inteiro”, explicou.
Governo valoriza tradição popular
Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, o Arraial Flor do Maracujá representa mais que uma festa. “É a celebração da identidade do rondoniense. Com o evento, o governo reafirma seu compromisso com as tradições populares, valorizando quem mantém viva a nossa cultura”, disse.
O secretário da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel), Paulo Higo, também destacou a importância do grupo: “A participação da JUABP mostra a força e a continuidade do movimento junino em Rondônia. É gratificante ver apresentações que unem arte, crítica social e pertencimento cultural”.