O astro do futebol brasileiro Ronaldo anunciou nesta quarta-feira (12) a desistência da disputa à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), depois de não ter conseguido reunir apoio suficiente das federações estaduais para apresentar uma candidatura.
O ex-jogador de 48 anos, vencedor da Bola de Ouro e bicampeão da Copa do Mundo, anunciou sua intenção de concorrer à presidência em dezembro, em uma tentativa de “recuperar o prestígio e o respeito que o Brasil sempre teve” após anos de controvérsias envolvendo dirigentes da CBF.
No entanto, o ex-atacante de Barcelona (Espanha), Inter de Milão (Itália) e Real Madrid (Espanha) chegou à conclusão de que não teria condições de desafiar o atual presidente Ednaldo Rodrigues, que tem o apoio de quase todo o eleitorado.
“No meu primeiro contato com as 27 filiadas, encontrei 23 portas fechadas. As federações se recusaram a me receber em suas casas, sob o argumento de satisfação com a atual gestão e apoio à reeleição. Não pude apresentar meu projeto, levar minhas ideias e ouvi-las como gostaria. Não houve qualquer abertura para o diálogo”, afirmou Ronaldo em um comunicado publicado em seus canais de mídia social.
“O estatuto concede às federações o voto de maior peso e, portanto, fica claro que não há como concorrer. A maior parte das lideranças estaduais apoia o presidente em exercício, é direito deles e eu respeito, independentemente das minhas convicções”.
O colégio eleitoral é formado pelas 27 federações estaduais, às quais são atribuídos três votos cada, enquanto os 20 clubes da Série A recebem dois votos cada e os 20 times da Série B um voto cada.
Espera-se que Rodrigues seja o único candidato na eleição do ano que vem.